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Description
Não me parece que haverá aplicações que não sejam estritamente intermediadas por terceiros. A escolha da infraestrutura Rayls, onde cada banco opera sua própria “blockchain” e retransmite a informação, reforça esse modelo centralizado disfarçado de descentralização.
Há ainda o problema do swap entre redes, no qual a emissão de TPFt e a conversão para Real Digital operam em camadas distintas. Tudo isso poderia ser unificado em um único sistema.
Analisei rapidamente aqui e identifiquei outro ponto crítico: qualquer entidade com acesso à porta 3000 do SWAP (como um ISPB) pode facilmente catalogar todas as operações de swap, já que cada transação é registrada com um swapId numérico único, conforme documentado:
https://github.com/bacen/pilotord-kit-onboarding/blob/main/docs/SWAPS.md
Já o Rayls, aqui na prática, se assemelha a uma versão tokenizada do STR, onde cada ISPB opera sua própria instância (PL) com controle total sobre os dados transacionais.
Apesar da infraestrutura baseada em blockchain, contratos inteligentes e EVMs, não há nada de verdadeiramente novo. Se o objetivo fosse realmente aproveitar os benefícios da blockchain pública, o modelo poderia adotar RingCT, como o Monero, e abrir a rede para permitir aplicações DeFi vinculadas a um ISPB — mas sem que o ISPB as controle diretamente. Isso permitiria auditoria com privacidade e abertura real para a população. Mas esse claramente não é o caso. Tudo aqui ainda depende dos bancos.
👉 Os programadores são absurdamente competentes no que estão fazendo, mas a impressão que fica é que o projeto serve mais para que o Banco Central diga que “utiliza blockchain”, do que para realmente operar sobre blockchain. Aqui é mais complexo, mais controlado, mais caro, mais lento e mais difícil que o PIX
Sou o @ipsBruno
